Empréstimo para projetos inovadores pode ser boa fonte de financiamento

Empréstimo para projetos inovadores pode ser boa fonte de financiamento

14/10/2013

finançasDepois do capital inicial de recursos próprios dos sócios, uma fonte muito comum a qual as empresas da Incubadora recorrem para obter aporte de capital é o financiamento público. Por ser uma fonte de dinheiro a fundo perdido, os editais voltados à inovação lançados por instituições de fomento como FAPERJ e FINEP costumam ser a primeira opção dos empreendedores. No entanto, esse tipo de financiamento impõe limitações, já que é voltado para atividades de P&D e não para a operação do negócio.

Outra fonte costuma ser a busca de um investidor, que embora garanta um capital que também não precisa ser ressarcido, traz para a empresa mais um sócio, seja pessoa física ou jurídica, o que nem sempre é o que a startup busca naquele momento.

Existe, ainda, outro tipo de recurso que, apesar de não ser tão procurado, pode ser uma ótima solução para algumas empresas: o empréstimo para projetos de inovação. A residente PETREC, por exemplo, está viabilizando um empréstimo através do InovaCred, o fundo para inovação da FINEP, gerenciado pela AgeRio. A startup já tinha um recurso de subvenção também com a FINEP para um projeto que ainda vai durar dois anos. No entanto, esse recurso não permitia a compra de máquinas, por isso a busca pelo empréstimo.

Por ser um empréstimo voltado para empresas inovadoras, há uma série de exigências, mas também de vantagens. É preciso preencher um formulário encontrado no site da AgeRio com o projeto, a inovação, quanto a empresa quer financiar e em quanto tempo. Depois disso, há uma entrevista e uma série de documentos que precisam ser entregues. Em contrapartida, a taxa de juros é baixa (0,41%) e há uma carência de até dois anos. Enquanto isso paga-se apenas os juros, e o prazo é de até quatro anos para quitar o empréstimo.

Com o dinheiro levantado no empréstimo, a PETREC vai montar um minicluster – conjunto de computadores trabalhando em paralelo. Esse cluster vai permitir ter uma resposta mais rápida para as soluções que a PETREC está gerando a partir das suas instalações na Incubadora.

Quando se está desenvolvendo, é preciso uma resposta rápida, pois se não der certo, é possível voltar e fazer de novo. Neste sentido, um cluster interno, mesmo que pequeno, é excelente para testar as soluções.

 

Josias Silva é sócio diretor da empresa residente PETREC e doutor em Geofísica pela COPPE