Semana passada, fui convidada para participar de um evento sobre empreendedorismo que tinha a ambição, ou pelo menos eu tinha, de discutir o tema para a cidade do Rio de Janeiro. Para o evento, foi trazido um especialista estrangeiro para animar a festa.
Para minha surpresa, a primeira questão levantada foi “o que fazer para nossas pequenas empresas crescerem”. UAU! Eu, que esperava discutir estratégias para estimular o surgimento de startups no Rio, fiquei com este assunto esquentando a cabeça a semana toda.
Há algum tempo, ouvi um palestrante divertidíssimo falar que nós detestamos a pequena empresa. No máximo, a suportamos por um breve intervalo de tempo para que ela cresça e se transforme em uma multinacional. O mais rápido possível!
Não me entendam mal, caríssimos empresários da Incubadora. Não desejo que vocês se tornem bonsais, mas também não desejo que todos vocês sonhem em serem sequoias, porque este modelo pode não ser o melhor para qualquer circunstância.
O mundo, dos negócios e aquele em que vivemos, precisa da agilidade e da graça que geralmente não encontramos nas grandes corporações, afinal elas estão mais preocupadas em buscar a eficiência de seus modelos de negócios comprovados. O lugar onde as regras são desafiadas tem mais cara de pequena empresa, de start-up.
Há dez anos, vejo que algumas regras de ouro podem não funcionar e, mesmo assim, a empresa pode ser um sucesso, gerar riqueza e cumprir sua função social. Não se sintam pressionados: não há nenhum defeito mortal em não escalar!
Nem tanto ao céu nem tanto à terra. Entre os bonsais e as sequoias há uma infinidade de possibilidades, e certamente alguma delas caberão no tamanho de sua ambição, do momento e maturidade de sua empresa e da realidade que se apresenta no mercado que você está inserido.
Fica só a dica para não sermos levados por algumas verdades que parecem ser absolutas!
A resposta para a questão do título fica para um próximo bate-papo!
Lucimar Dantas é gerente de operações da Incubadora de Empresas da COPPE/UFRJ